quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Fichamento de Sociologia - Karl Marx

Analise da vida social e da Sociedade capitalista – apreensão da realidade – vida de uma sociedade  mais justa.

Dialética e Materialismo: a noção de dialética origina-se no pensamento clássico grego e é retomada e reformulada por Hegel.

Dialética: costuma esperar uma aprovação ou uma rejeição, e na explicação de tal sistema costuma ver uma ou outra – contradição. O finito – seu oposto – o infinito o universal. A relação entre o particular e a totalidade – UNIDADE DIALÉTICA. A dialética aponta as contradições constitutivas da vida social – NEGAÇÃO E SUPERAÇÃO DE UMA DETERMINADA ORDEM – SINTESE, ANTITESE, SINTESE... Consciência alienada – separada da realidade;

Feurbach sustentava que a alienação tinha raízes no fenômeno religioso, que cinde a natureza humana, fazendo com que os homens se submetam ás forças divinas, percebidas como autônomas e superiores – projeção fantástica da mente humana – alienada, (o mundo como objeto de contemplação e não como resultado da ação humana)

A teoria marxista articula a dialética e o materialismo sob uma perspectiva histórica, (a alienação associa-se às condições materiais de vida e sua transformação ocorrerá por meio da ação política, do proletariado, libertando a consciência alienada – realidade histórica com aparência mágica, enfeitiçada.

Avanços tecnológicos: provoca fome e o esgotamento do trabalhador – domínio da natureza – homens escravos de outros homens – intelectualidade, forças produtivas – antagonismos entre indústria moderna e miséria, decadência – antagonismos entre forças produtivas e relações sociais.

A superestrutura influi sobre a base. A base influi sobre a superestrutura, igualmente. Estas duas grandezas que influem uma sobre a outra dependem de uma terceira (as forças produtivas).

A PRODUÇÃO: determina o objeto de consumo, o modo de consumo de forma objetiva e subjetiva – a produção cria o consumidor; a necessidade como o modo de satisfazê-la é um modo histórico;

A estrutura de uma sociedade depende de suas FORÇAS PRODUTIVAS: forças produtivas determinam a evolução social - base material da sociedade; representa a ação dos indivíduos sobre a natureza para obter os bens necessários (desenvolvimento de tecnologia, processos e modos de cooperação, divisão técnica do trabalho, habilidades e conhecimentos para a produção, qualidade dos instrumentos, matérias-primas). As forças produtivas são o resultado da energia pratica dos homens que são determinadas pelas condições que os homens são colocados pelas forças produtivas já adquiridas pela forma social criada anteriormente; refere-se aos instrumentos e habilidades que possibilitam o controle das condições naturais para a produção, seu desenvolvimento é cumulativo.

E das RELAÇÕES SOCIAIS DE PRODUÇÃO: formas estabelecidas de distribuição dos meios de produção e do produto, e o tipo de divisão social do trabalho numa sociedade em um período histórico determinando. São diferentes formas de organização da produção e distribuição, de posse e de tipos de propriedades dos meios de produção, constitui substrato para a estruturação das desigualdades/classes sociais. Homens (considerados como «máquinas vivas») pelo trabalho no espaço e no tempo. (mudanças em uma provoca alterações em outra)

A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO: expressa o modos segmentação da sociedade, ou seja desigualdades sociais, decorrentes separação entre trabalho manual e intelectual, industrial e comercial e trabalho agrícola, entre cidade e campo e oposição entre seus interesses;  o tipo de divisão social  do trabalho define as estruturas de classes da sociedade.

MATERIALISMO HISTÓRICO: são relações materiais que os homens estabelecem e o modo como produzem seus meios de vida formam a base de todas as suas relações. Aquilo que os indivíduos são, depende das condições materiais de produção. P. 31,  Método de análise da vida econômica, social, política intelectual;

ESTRUTURA: é o conjunto das forças produtivas e das relações de produção de uma sociedade – base, ou estrutura (a base material é o modo de produção), fundamento da constituição das instituições políticas e sociais.

SUPERESTRUTURA ou SUPRAESTRUTURA: são as ideologias políticas, concepções religiosas, códigos morais e estéticos, sistemas legais, de ensino, de comunicação, o conhecimento filosófico e científico, representações coletivas de sentimentos, ilusões, modos de pensar e concepções de vida diversos e plasmados de modo peculiar.

CLASSES SOCIAIS E ESTRUTURA SOCIAL

A produção é a atividade vital do trabalhador;

A classe, a exploração, a opressão e a alienação, originam-se da apropriação por não produtores (pessoas, empresas, ou o Estado) de uma parcela do que é produzido socialmente;

Divisão social do trabalho: escravo ou outra forma de exploração;

O excedente da produção permite a divisão social do trabalho – a apropriação das condições de produção – propriedade privadaa renda ­– expressão da parcela maior ou menor do produto dependendo da posição na estrutura de classe.

A força produtiva provoca a divisão social do trabalho. A posição de cada uma dessas subdivisões particulares em relação às outras é condicionada pelo modo de exploração do trabalho agrícola, industrial e comercial (patriarcado, escravatura, ordens e classes).

É a produção e suas relações materiais que transformam a realidade, o pensamento e os produtos. “Não é a consciência que determina a vida, mas sim a vida que determina a consciência”. (Ideologia Alemã, p. 20)

LUTAS DE CLASSES

A existência de classes está condicionada à determinadas fases históricas do desenvolvimento da produção;

A luta de classes conduz à ditadura do proletariado – abolição de todas as classes – sociedade sem classes.

A estrutura produtiva baseia-se na apropriação privada dos meios de produção – historia das lutas de classes (Tempos Modernos)

As lutas de classes relacionam-se à mudança social, à superação dialética das contradições existentes, (indivíduos se identificam por determinadas condições objetivas), se organizam politicamente para defesa consciente dos seus interesses. P. 44

A consciência de classe conduz, na sociedade capitalista à formação de associações políticas (sindicatos, partidos), na defesa de interesses e combate a opressão.

A ECONOMIA CAPITALISTA

Sociedades: primitivas, escravistas, asiáticas e feudais, e capitalistas;

Capitalismo – Mercadoria – valor de uso: consumo próprio; e valor de troca: satisfaz a necessidades – o tempo de trabalho socialmente necessário – todo o trabalho executado com grau médio de habilidade e intensidade em condições normais relativas ao meio social dado.  O calculo do valor de troca é feito segundo o tempo de trabalho gasto na sua produção.

A força de trabalho pode produzir mais valor do que o seu próprio valor de troca.

O capital, como o trabalho, é uma relação social de produção, uma forma histórica de distribuição das condições de produção, resultante de um processo de expropriação e concentração da propriedade. P. 47

A mais-valia: a relação de equivalência – o valor do trabalhador pode produzir durante o tempo em que trabalha para aquele que o contrata é superior àquele pelo qual vende suas capacidades.

Tempo de trabalho necessário: se dá a reprodução do trabalhador e no qual gera o equivalente ao seu salario;

Tempo de trabalho excedente: período em que a atividade produtiva não cria valor para o trabalhador, mas para o proprietário do capital. O valor que é produzido durante o tempo de trabalho excedente ou não pago é apropriado pela burguesia. O valor que ultrapassa os dos fatores consumidos no processo produtivo (meios de produção e forças de trabalho), que se acrescenta ao capital empregado incialmente na produção, e a MAIS-VALIA.

A taxa do trabalho excedente e o trabalho necessário é a MAIS-VALIA e representa o grau de exploração da força de trabalho excedente da força de trabalho pelo capital.

A alienação impede o trabalhador de perceber o grau de exploração.

 O PAPEL REVOLUCIONARIO DA BURGUESIA

A burguesia revoluciona o modo das relações nas antigas classes dominantes, que sustentavam as instituições fundadas em um sistema jurídico e tributário, a moral, religião, cultura e ideologia. Debilitou antigas classes dominantes como a aristocracia feudal e o clero, provocando transformações que implicaram na transição do feudalismo para o capitalismo, o desenvolvimento de modo de produção implica a criação de forças materiais cruciais á construção de uma nova sociedade.

TRASITORIEDADE DO MODO DE PRODUÇÕ CAPITALISTA

 Permanência das contradições entre classes. Burguesia x proletariado. Centros industriais e capacidade de organização e de luta e de consciência de sua situação social. Revolução proletária extingue a garantia de propriedade privada dos meios de produção – ditadura do proletariado supera as contradições e estabelece o comunismo. A liberdade é um fator histórico e não um fato intelectual.


TRABALHO, ALIENAÇÃO E SOCIEDADE CAPITALISTA

Características da alienação:

1 – o trabalhador relaciona-se com o produto do seu trabalho como algo alheio a ele, que o domina e lhe é adversário; o trabalho é alienado em relação ás coisas;

2 – a atividade do trabalhador não estar sob seu domínio (Tempos Modernos), ele a percebi como estranha a si próprio, assim como sua vida pessoal e sua energia física e espiritual, sentidas como atividades que não lhe pertencem, o trabalhador é alienado com relação a si mesmo.

 3 – a vida genérica ou produtiva do ser humano torna-se apenas meio de vida para o trabalhador, ou seja, seu trabalho que é sua atividade vital consciente e que o distingue dos animais deixa de ser livre para a sobrevivência.


COMUNISMO

O comunismo é uma forma necessária e o principio dinâmico do futuro imediato, mas o comunismo em si só é a finalidade do desenvolvimento humano, a forma da sociedade humana. O que o comunismo possibilita é submeter a criação dos homens ao poder dos indivíduos associados, que a divisão do trabalho passe a obedecer aos interesses de toda a sociedade. P. 58





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