Analise da vida social e da Sociedade capitalista –
apreensão da realidade – vida de uma sociedade
mais justa.
Dialética e Materialismo: a noção de dialética
origina-se no pensamento clássico grego e é retomada e reformulada por Hegel.
Dialética: costuma esperar uma aprovação ou uma
rejeição, e na explicação de tal sistema costuma ver uma ou outra –
contradição. O finito – seu oposto – o infinito o universal. A relação entre o particular e a totalidade –
UNIDADE DIALÉTICA. A dialética aponta as contradições constitutivas da vida
social – NEGAÇÃO E SUPERAÇÃO DE UMA DETERMINADA ORDEM – SINTESE, ANTITESE,
SINTESE... Consciência alienada – separada da realidade;
Feurbach sustentava que a alienação tinha raízes no
fenômeno religioso, que cinde a natureza humana, fazendo com que os homens se
submetam ás forças divinas, percebidas como autônomas e superiores – projeção
fantástica da mente humana – alienada,
(o mundo como objeto de contemplação e não como resultado da ação humana)
A teoria marxista articula a dialética e o materialismo sob uma perspectiva histórica, (a
alienação associa-se às condições materiais de vida e sua transformação
ocorrerá por meio da ação política, do proletariado, libertando a consciência
alienada – realidade histórica com aparência mágica, enfeitiçada.
Avanços tecnológicos: provoca fome e o esgotamento
do trabalhador – domínio da natureza – homens escravos de outros homens –
intelectualidade, forças produtivas – antagonismos entre indústria moderna e
miséria, decadência – antagonismos entre
forças produtivas e relações sociais.
A
superestrutura influi sobre a base. A base influi sobre a superestrutura,
igualmente. Estas duas grandezas que influem uma sobre a outra dependem de uma
terceira (as forças produtivas).
A PRODUÇÃO: determina o objeto de
consumo, o modo de consumo de forma objetiva e subjetiva – a produção cria o
consumidor; a necessidade como o modo de satisfazê-la é um modo histórico;
A estrutura de uma sociedade depende de suas FORÇAS PRODUTIVAS: forças produtivas
determinam a evolução social - base material da sociedade; representa a ação
dos indivíduos sobre a natureza para obter os bens necessários (desenvolvimento
de tecnologia, processos e modos de cooperação, divisão técnica do trabalho, habilidades
e conhecimentos para a produção, qualidade dos instrumentos, matérias-primas). As
forças produtivas são o resultado da
energia pratica dos homens que são determinadas pelas condições que os homens
são colocados pelas forças produtivas já adquiridas pela forma social criada anteriormente;
refere-se aos instrumentos e habilidades
que possibilitam o controle das condições naturais para a produção, seu
desenvolvimento é cumulativo.
E das RELAÇÕES
SOCIAIS DE PRODUÇÃO: formas estabelecidas de distribuição dos meios de
produção e do produto, e o tipo de divisão social do trabalho numa sociedade em
um período histórico determinando. São diferentes
formas de organização da produção e distribuição, de posse e de tipos de
propriedades dos meios de produção, constitui substrato para a estruturação das
desigualdades/classes sociais. Homens (considerados como «máquinas vivas»)
pelo trabalho no espaço e no tempo. (mudanças em uma provoca alterações em
outra)
A DIVISÃO
SOCIAL DO TRABALHO: expressa o modos segmentação da sociedade, ou seja desigualdades
sociais, decorrentes separação entre trabalho manual e intelectual, industrial
e comercial e trabalho agrícola, entre cidade e campo e oposição entre seus
interesses; o tipo de divisão
social do trabalho define as estruturas
de classes da sociedade.
MATERIALISMO
HISTÓRICO: são
relações materiais que os homens
estabelecem e o modo como produzem seus meios de vida formam a base de todas as
suas relações. Aquilo que os indivíduos são, depende das condições materiais de
produção. P. 31, Método de análise da
vida econômica, social, política intelectual;
ESTRUTURA: é o conjunto das forças
produtivas e das relações de produção de uma sociedade – base, ou estrutura (a base material é o modo de produção), fundamento
da constituição das instituições
políticas e sociais.
SUPERESTRUTURA
ou SUPRAESTRUTURA: são as ideologias políticas, concepções religiosas, códigos morais e
estéticos, sistemas legais, de ensino, de comunicação, o conhecimento
filosófico e científico, representações coletivas de sentimentos, ilusões,
modos de pensar e concepções de vida diversos e plasmados de modo peculiar.
CLASSES
SOCIAIS E ESTRUTURA SOCIAL
A produção é
a atividade vital do trabalhador;
A classe, a
exploração, a opressão e a alienação, originam-se da apropriação por não
produtores (pessoas, empresas, ou o Estado) de uma parcela do que é produzido
socialmente;
Divisão social
do trabalho: escravo
ou outra forma de exploração;
O excedente da produção permite a divisão social do
trabalho – a apropriação das condições
de produção – propriedade privada – a renda – expressão da parcela maior ou menor do produto dependendo
da posição na estrutura de classe.
A força
produtiva provoca a divisão social do trabalho. A posição de cada uma dessas
subdivisões particulares em relação às outras é condicionada pelo modo de
exploração do trabalho agrícola, industrial e comercial (patriarcado,
escravatura, ordens e classes).
É a produção e
suas relações materiais que transformam a realidade, o pensamento e os
produtos. “Não é a consciência que determina a vida, mas sim a vida que
determina a consciência”. (Ideologia Alemã, p. 20)
LUTAS DE
CLASSES
A existência de classes
está condicionada à determinadas
fases históricas do desenvolvimento da produção;
A luta de
classes conduz à ditadura do proletariado – abolição de todas as classes –
sociedade sem classes.
A estrutura
produtiva baseia-se na apropriação
privada dos meios de produção – historia das lutas de classes (Tempos
Modernos)
As lutas de
classes relacionam-se à mudança social, à superação dialética das
contradições existentes, (indivíduos se identificam por determinadas condições
objetivas), se organizam politicamente para defesa consciente dos seus
interesses. P. 44
A consciência
de classe conduz,
na sociedade capitalista à formação
de associações políticas (sindicatos, partidos), na defesa de interesses e
combate a opressão.
A ECONOMIA
CAPITALISTA
Sociedades: primitivas, escravistas,
asiáticas e feudais, e capitalistas;
Capitalismo – Mercadoria – valor de uso: consumo
próprio; e valor de troca: satisfaz a necessidades – o tempo de trabalho
socialmente necessário – todo o trabalho executado com grau médio de habilidade
e intensidade em condições normais relativas ao meio social dado. O
calculo do valor de troca é feito segundo o tempo de trabalho gasto na sua
produção.
A força de
trabalho pode produzir mais valor do que o seu próprio valor de troca.
O capital, como
o trabalho, é uma relação social de produção, uma forma histórica de
distribuição das condições de produção, resultante de um processo de
expropriação e concentração da propriedade. P. 47
A mais-valia:
a relação de equivalência – o valor do trabalhador pode produzir durante o
tempo em que trabalha para aquele que o contrata é superior àquele pelo qual
vende suas capacidades.
Tempo de
trabalho necessário: se dá a reprodução do trabalhador e no qual gera o equivalente ao seu
salario;
Tempo de
trabalho excedente: período em que a atividade produtiva não cria valor para o trabalhador,
mas para o proprietário do capital. O valor que é produzido durante o tempo de
trabalho excedente ou não pago é apropriado pela burguesia. O valor que ultrapassa os dos fatores
consumidos no processo produtivo (meios de produção e forças de trabalho), que
se acrescenta ao capital empregado incialmente na produção, e a MAIS-VALIA.
A taxa do trabalho excedente e o trabalho necessário
é a MAIS-VALIA e representa o grau de exploração da força de trabalho
excedente da força de trabalho pelo capital.
A alienação impede
o trabalhador de perceber o grau de exploração.
O PAPEL
REVOLUCIONARIO DA BURGUESIA
A burguesia revoluciona o modo das relações nas
antigas classes dominantes, que sustentavam as instituições fundadas em um
sistema jurídico e tributário, a moral, religião, cultura e ideologia.
Debilitou antigas classes dominantes como a aristocracia feudal e o clero,
provocando transformações que implicaram na transição do feudalismo para o
capitalismo, o desenvolvimento de modo de produção implica a criação de forças
materiais cruciais á construção de uma nova sociedade.
TRASITORIEDADE
DO MODO DE PRODUÇÕ CAPITALISTA
Permanência das contradições entre classes.
Burguesia x proletariado. Centros industriais e capacidade de organização e de
luta e de consciência de sua situação social. Revolução proletária extingue a
garantia de propriedade privada dos meios de produção – ditadura do
proletariado supera as contradições e estabelece o comunismo. A liberdade é um
fator histórico e não um fato intelectual.
TRABALHO,
ALIENAÇÃO E SOCIEDADE CAPITALISTA
Características
da alienação:
1 – o trabalhador relaciona-se com o produto do seu
trabalho como algo alheio a ele, que o domina e lhe é adversário; o trabalho é
alienado em relação ás coisas;
2 – a
atividade do trabalhador não estar sob seu domínio (Tempos Modernos), ele a
percebi como estranha a si próprio, assim como sua vida pessoal e sua energia
física e espiritual, sentidas como atividades que não lhe pertencem, o
trabalhador é alienado com relação a si mesmo.
3 – a vida
genérica ou produtiva do ser humano torna-se apenas meio de vida para o
trabalhador, ou seja, seu trabalho que é sua atividade vital consciente e que o
distingue dos animais deixa de ser livre para a sobrevivência.
COMUNISMO
O comunismo é uma forma necessária e o principio
dinâmico do futuro imediato, mas o comunismo em si só é a finalidade do desenvolvimento
humano, a forma da sociedade humana. O que o comunismo possibilita é submeter a
criação dos homens ao poder dos indivíduos associados, que a divisão do
trabalho passe a obedecer aos interesses de toda a sociedade. P. 58