Planejar é antecipar mentalmente uma ação a ser realizada e
agir de acordo com o previsto, é buscar fazer algo incrível, essencialmente
humano: o real ser comandado pelo ideal. O Planejamento conforme enfatiza Vasconcellos
(2010, p. 35), “planejar ajuda a concretizar aquilo que se almeja (relação
Teoria-Prática); com o planejado é possível interferir na realidade objetiva. O
autor destaca que esta é uma ação que necessita ser re-significada levando em
consideração sua necessidade e possibilidade. O planejamento implica em querer
mudar algo, acreditar na possibilidade de mudança da realidade, perceber a
necessidade da mediação teórico-metodológica, vislumbrar a possibilidade de
realizar aquela determinada ação. Para a promoção da mudança efetiva é necessário
que o educar reconheça que para efetivar mudanças, o planejamento se faz necessário
e possível. A importância do planejamento ocorre quando se percebe a necessidade
de mudanças. Para tanto é imprescindível que o educador perceba em suas ações
educativas a necessidade de transformações, de aperfeiçoamento, e é certo que a
necessidade de mudança ocorre a partir da liderança desempenhando nos espaços
escolares. É preciso ter clareza do que aponta (THURLER, 2001, p. 132), como
uma lógica transformacional, onde a centralização ocorre na resolução de
problemas e na ampliação das competências profissionais, ou seja, as ações
educativas centram-se na ampliação constante das estratégias pedagógicas eficazes.
O planejamento permite o desenvolvimento de novas práticas educativas e nesse
sentido, cabe ao educador colocar-se como sujeito do processo educativo, como
sujeito propositivo, consciente do seu compromisso com a emancipação humana e
inconformado com o condicionamento, com a manutenção e legitimação do status quo, “o indivíduo está na condição de sujeito de
transformação quanto a uma prática, quando em relação a ela há um querer (estar
resolvido a fazer alguma coisa) e um poder (capacidade de realizar algo)”,
estes são os princípios que fundamentam a necessidade do planejamento, o desejo
de mudança da realidade por meio das ações de coerência, da arte e da estética,
entendendo o seu papel de sujeito sociohistórico, que age e transforma a
realidade objetiva fundada em condicionantes dominantes, deterministas e pauta
em uma lógica capitalista instrumentalista e exclusora.
Referencias:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à
prática docente. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
THURLER, Monica Gather. Inovar no interior da escola. Trad.
Jeni Wolff. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Planejamento: projeto de
ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico. São Paulo: Libertad Editora,
2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário