segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A importância do Planejamento para atingir objetivos educacionais positivos



Planejar é antecipar mentalmente uma ação a ser realizada e agir de acordo com o previsto, é buscar fazer algo incrível, essencialmente humano: o real ser comandado pelo ideal. O Planejamento conforme enfatiza Vasconcellos (2010, p. 35), “planejar ajuda a concretizar aquilo que se almeja (relação Teoria-Prática); com o planejado é possível interferir na realidade objetiva. O autor destaca que esta é uma ação que necessita ser re-significada levando em consideração sua necessidade e possibilidade. O planejamento implica em querer mudar algo, acreditar na possibilidade de mudança da realidade, perceber a necessidade da mediação teórico-metodológica, vislumbrar a possibilidade de realizar aquela determinada ação. Para a promoção da mudança efetiva é necessário que o educar reconheça que para efetivar mudanças, o planejamento se faz necessário e possível. A importância do planejamento ocorre quando se percebe a necessidade de mudanças. Para tanto é imprescindível que o educador perceba em suas ações educativas a necessidade de transformações, de aperfeiçoamento, e é certo que a necessidade de mudança ocorre a partir da liderança desempenhando nos espaços escolares. É preciso ter clareza do que aponta (THURLER, 2001, p. 132), como uma lógica transformacional, onde a centralização ocorre na resolução de problemas e na ampliação das competências profissionais, ou seja, as ações educativas centram-se na ampliação constante das estratégias pedagógicas eficazes. O planejamento permite o desenvolvimento de novas práticas educativas e nesse sentido, cabe ao educador colocar-se como sujeito do processo educativo, como sujeito propositivo, consciente do seu compromisso com a emancipação humana e inconformado com o condicionamento, com a manutenção e legitimação do status quo,  “o indivíduo está na condição de sujeito de transformação quanto a uma prática, quando em relação a ela há um querer (estar resolvido a fazer alguma coisa) e um poder (capacidade de realizar algo)”, estes são os princípios que fundamentam a necessidade do planejamento, o desejo de mudança da realidade por meio das ações de coerência, da arte e da estética, entendendo o seu papel de sujeito sociohistórico, que age e transforma a realidade objetiva fundada em condicionantes dominantes, deterministas e pauta em uma lógica capitalista instrumentalista e exclusora.     

Referencias:

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática docente. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
THURLER, Monica Gather. Inovar no interior da escola. Trad. Jeni Wolff. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico. São Paulo: Libertad Editora, 2010.

Nenhum comentário:

A RELAÇÃO ENTRE PARTICIPAÇÃO, ASSOCIAÇÕES E DESIGUALDADES

  A presente resenha é resultado das leituras de Verba et al (1995) e Kerstenetzky (2003), que demonstram que a relação entre participação, ...